Dando prosseguimento ao processo iniciado no ano passado, que teve continuidade no mês de maio deste ano, a campanha UFOs: Liberdade de Informação Já acaba de conseguir de nossas autoridades, no final de setembro, a liberação de mais um pacote de documentos antes sigilosos sobre a presença alienígena em nosso país. O calhamaço, desta vez, chega a quase 800 páginas de documentos, relatórios, fotos, memorandos etc. Agora, o Governo abriu para consulta e mandou para o Arquivo Nacional todos os seus segredos dos anos 80, mantendo o padrão de liberar as informações década por década. Todo o conteúdo deste pacote já está disponível no Portal UFO. Este novo e revelador conjunto de arquivos traz muitas surpresas que ainda estão sendo identificadas e reconhecidas pelos membros da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e da Equipe UFO. Entretanto, independente da importância de inúmeros destes relatórios e registros, inclusive referentes a casos ufológicos cuja existência desconhecíamos, não podemos deixar de destacar que o ponto-alto da atual liberação é o relatório final relativo à chamada Noite Oficial dos UFOs no Brasil, como ficou consagrada a noite de 19 para 20 de maio de 1986, quando ocorreu um dos mais extraordinários casos da história da Ufologia Brasileira e Mundial.
Durante várias horas, desde o início daquela noite e até a madrugada do dia seguinte, mais de 20 objetos voadores não identificados saturaram as telas dos radares do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), caracterizando uma verdadeira “invasão”. Os UFOs, inicialmente detectados na região do Vale do Paraíba, em torno da cidade de São José dos Campos (SP) – uma das áreas estratégicas de maior importância para o país –, acabaram se espalhando e sobrevoando também os estados do Rio de Janeiro e Goiás. A situação foi tão séria que até o presidente da República na época, o atual senador José Sarney, foi acordado pelo então Ministro da Aeronáutica, brigadeiro Octávio Júlio Moreira Lima, que ainda no dia 20 convocou a mídia nacional para um pronunciamento oficial sobre os fatos. Foram colocados à disposição da imprensa, para responderem às perguntas, os próprios pilotos dos caças da Força Aérea Brasileira (FAB) que decolaram progressivamente das Bases Aéreas de Santa Cruz (RJ) e de Anápolis (GO), com a finalidade de perseguir e identificar os alvos que estavam entupindo as telas de radar, e que, pela observação das mesmas, apresentavam velocidades e deslocamentos espantosos.
Aproximação dos objetos - Além dos pilotos militares a bordo de nossos mais modernos aviões na época, também estavam entre as testemunhas das ocorrências pilotos civis de aeronaves comerciais e figuras de grande notoriedade no país, como o coronel Ozires Silva, que chegou a tentar uma perseguição a uma das naves alienígenas, a bordo de um avião Xingu pilotado pelo comandante Alcir Pereira da Silva, quando se aproximavam da cidade de São José dos Campos. A dupla teve a oportunidade de circundar um dos artefatos no momento em que estava em altitude inferior à do Xingu, conforme declarou em entrevista à Rádio Bandeirantes. O coronel era presidente da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), sediada na cidade, e se preparava para assumir a presidência da Petrobrás. Em meio à conferência com a imprensa, o próprio Moreira Lima prometeu que dentro de 30 dias o Ministério da Aeronáutica divulgaria um relatório detalhado e definitivo sobre tudo que havia ocorrido durante aquelas horas memoráveis, em que inúmeros discos voadores haviam colocado em xeque nossa defesa aérea e capacidade de controlar o tráfego aéreo no país. Um dos pontos mais marcantes nas declarações dos militares foi a referência ao poder de aceleração desses objetos, as velocidades que atingiam, seus deslocamentos e modificações de trajetória, que esmagariam qualquer piloto humano no controle de uma aeronave com as limitações tecnológicas de nossa civilização.
Mesmo diante de tais revelações, a verdade é que expressiva parcela da mídia nacional – e a totalidade dos cientistas que foram chamados a se pronunciar e tentar explicar os eventos relacionados ao incidente – demonstrou completa incapacidade de perceber a importância e as implicações daqueles fatos. Nossos cientistas não só demonstraram uma capacidade surpreendente de ignorar as significativas descrições fornecidas e divulgadas pelos pilotos dos caças e outras testemunhas, como produziram as mais descabidas explicações para aqueles eventos, atribuindo-os a planetas, meteoritos, anomalias magnéticas etc. Todo tipo de desculpas foi utilizado para justificar os alvos nos radares e as correspondentes observações visuais. “Era uma chuva de meteoros”, declarou em entrevista o astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão ao editor da Revista UFO, A. J. Gevaerd. Enfim, um verdadeiro festival de absurdos infestou nossos telejornais e os meios de comunicação em geral. Porém, o impacto da presença daqueles objetos no espaço aéreo do país foi significativo. E tão surpreendente quanto a vontade inicial de divulgar tudo, manifestada claramente pelo então ministro da Aeronáutica, brigadeiro Moreira Lima, foi a omissão total da imprensa 30 dias depois, quando o prometido relatório não foi divulgado. Um silêncio profundo existiu por ambos os lados, algo simplesmente inacreditável frente a ocorrências de importância indiscutível.
Mas a coisa não ficou apenas no silêncio de nossas autoridades e no progressivo descaso da mídia. Em 1991, o co-editor da Revista UFO Rafael Cury enviou um ofício ao Comando Aéreo de Defesa Aérea (COMDA) cobrando o relatório, que prontamente foi respondido em documento assinado pelo brigadeiro Fernando Mendes Nogueira, na época chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer). Começava aí outro tipo de postura por parte dos comandos militares, que visava claramente a desmoralização do incidente, mas que desacreditava-se no seu nascedouro, devido as próprias contradições. Em sua resposta a Cury, apesar de propalar uma suposta transparência nas atitudes do órgão ao qual estava integrado, Mendes Nogueira declarava inexistir uma conclusão para o incidente e, mais a frente, reportava a constatação de anomalias magnéticas como resposta para as detecções feitas pelos radares. E foi mais além nesta sua triste peça de desinformação: o militar faz menção ainda de que não houve detecção ou contato visual que pudesse justificar ou estar relacionado aos sinais verificados pelos radares. “No caso em questão, todo o aparato militar de defesa do espaço aéreo foi mobilizado sem que, efetivamente, fosse feito qualquer contato visual que justificasse a presença daqueles plots”.
Parece que Mendes Nogueira não estava no país em maio de 1986, e muito menos teve aces so aos documentos oficiais sobre esta história, que agora a campanha UFOs: Liberdade de Informação Já acaba de conseguir. Foi a falha manifestação deste militar, em nome de uma suposta, porém desarticulada transparência, que acabou levando a jornalista Rejane Schulmann e este autor a procurarem o então ex-ministro da Aeronáutica, brigadeiro Moreira Lima. Afinal, Mendes Nogueira desmentia categoricamente o homem que havia iniciado o processo de informação do caso ao povo brasileiro. Como revelei no meu sexto livro UFOs: Arquivo Confidencial [Código LIV-019 da coleção Biblioteca UFO], apresentei ao ex-ministro, na oportunidade em que gravei uma entrevista exclusiva, a resposta de Mendes Nogueira ao ofício remetido por Cury. Se de início Moreira Lima se mostrou até constrangido com a situação – ver suas declarações anteriores desmentidas –, acabou por realmente confirmar tudo que havia divulgado ou foi oficialmente assumido como verdade pelo Ministério, na época em que esteve à frente dele. Não só afirmou que a hipótese das anomalias magnéticas foi descartada na época, como revelou a capacidade daqueles objetos de desenvolverem manobras e velocidades incomuns, destacando ainda que em determinado momento os UFOs, de perseguidos, passaram a acompanhar uma de nossas aeronaves.
Esquecimento que agora faz diferença - Entretanto, o mais impressionante nesta história toda talvez seja a mudança de postura de alguns de seus principais protagonistas, mensurável em declarações mais recentes. Ozires Silva, por exemplo, parece que se esqueceu de algumas de suas declarações anteriores, ao se pronunciar recentemente sobre estes fatos, e chegou a minimizar ao máximo o que tinha declarado antes, deixando em aberto a possibilidade de explicarmos aqueles acontecimentos de uma maneira convencional ou astronômica.
O próprio ex-ministro Moreira Lima, após ter estado conosco por duas vezes e reafirmado os fatos de maneira categórica, apesar de não ter voltado atrás no que diz respeito às suas declarações sobre 19 de maio de 1986, mais recentemente chegou a afirmar, durante uma entrevista para o programa Linha Direta, da Rede Globo, que a Força Aérea não mantinha arquivos secretos ou sigilosos sobre a presença ou existência dos UFOs no país. Ele mesmo, entretanto, em sua entrevista para este autor e a jornalista Rejane Schulmann – e temos isso gravado –, falou do cuidado que nossas autoridades tinham em não revelar informações ou darem notícias sobre fatos que poderiam levar a população ao pânico.
Baixe os arquivos secretos que foram liberados pelo Governo Brasileiro e leia mais: http://www.ufo.com.br/index.php?arquivo=notComp.php&id=4569
Durante várias horas, desde o início daquela noite e até a madrugada do dia seguinte, mais de 20 objetos voadores não identificados saturaram as telas dos radares do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), caracterizando uma verdadeira “invasão”. Os UFOs, inicialmente detectados na região do Vale do Paraíba, em torno da cidade de São José dos Campos (SP) – uma das áreas estratégicas de maior importância para o país –, acabaram se espalhando e sobrevoando também os estados do Rio de Janeiro e Goiás. A situação foi tão séria que até o presidente da República na época, o atual senador José Sarney, foi acordado pelo então Ministro da Aeronáutica, brigadeiro Octávio Júlio Moreira Lima, que ainda no dia 20 convocou a mídia nacional para um pronunciamento oficial sobre os fatos. Foram colocados à disposição da imprensa, para responderem às perguntas, os próprios pilotos dos caças da Força Aérea Brasileira (FAB) que decolaram progressivamente das Bases Aéreas de Santa Cruz (RJ) e de Anápolis (GO), com a finalidade de perseguir e identificar os alvos que estavam entupindo as telas de radar, e que, pela observação das mesmas, apresentavam velocidades e deslocamentos espantosos.
Aproximação dos objetos - Além dos pilotos militares a bordo de nossos mais modernos aviões na época, também estavam entre as testemunhas das ocorrências pilotos civis de aeronaves comerciais e figuras de grande notoriedade no país, como o coronel Ozires Silva, que chegou a tentar uma perseguição a uma das naves alienígenas, a bordo de um avião Xingu pilotado pelo comandante Alcir Pereira da Silva, quando se aproximavam da cidade de São José dos Campos. A dupla teve a oportunidade de circundar um dos artefatos no momento em que estava em altitude inferior à do Xingu, conforme declarou em entrevista à Rádio Bandeirantes. O coronel era presidente da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), sediada na cidade, e se preparava para assumir a presidência da Petrobrás. Em meio à conferência com a imprensa, o próprio Moreira Lima prometeu que dentro de 30 dias o Ministério da Aeronáutica divulgaria um relatório detalhado e definitivo sobre tudo que havia ocorrido durante aquelas horas memoráveis, em que inúmeros discos voadores haviam colocado em xeque nossa defesa aérea e capacidade de controlar o tráfego aéreo no país. Um dos pontos mais marcantes nas declarações dos militares foi a referência ao poder de aceleração desses objetos, as velocidades que atingiam, seus deslocamentos e modificações de trajetória, que esmagariam qualquer piloto humano no controle de uma aeronave com as limitações tecnológicas de nossa civilização.
Mesmo diante de tais revelações, a verdade é que expressiva parcela da mídia nacional – e a totalidade dos cientistas que foram chamados a se pronunciar e tentar explicar os eventos relacionados ao incidente – demonstrou completa incapacidade de perceber a importância e as implicações daqueles fatos. Nossos cientistas não só demonstraram uma capacidade surpreendente de ignorar as significativas descrições fornecidas e divulgadas pelos pilotos dos caças e outras testemunhas, como produziram as mais descabidas explicações para aqueles eventos, atribuindo-os a planetas, meteoritos, anomalias magnéticas etc. Todo tipo de desculpas foi utilizado para justificar os alvos nos radares e as correspondentes observações visuais. “Era uma chuva de meteoros”, declarou em entrevista o astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão ao editor da Revista UFO, A. J. Gevaerd. Enfim, um verdadeiro festival de absurdos infestou nossos telejornais e os meios de comunicação em geral. Porém, o impacto da presença daqueles objetos no espaço aéreo do país foi significativo. E tão surpreendente quanto a vontade inicial de divulgar tudo, manifestada claramente pelo então ministro da Aeronáutica, brigadeiro Moreira Lima, foi a omissão total da imprensa 30 dias depois, quando o prometido relatório não foi divulgado. Um silêncio profundo existiu por ambos os lados, algo simplesmente inacreditável frente a ocorrências de importância indiscutível.
Mas a coisa não ficou apenas no silêncio de nossas autoridades e no progressivo descaso da mídia. Em 1991, o co-editor da Revista UFO Rafael Cury enviou um ofício ao Comando Aéreo de Defesa Aérea (COMDA) cobrando o relatório, que prontamente foi respondido em documento assinado pelo brigadeiro Fernando Mendes Nogueira, na época chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer). Começava aí outro tipo de postura por parte dos comandos militares, que visava claramente a desmoralização do incidente, mas que desacreditava-se no seu nascedouro, devido as próprias contradições. Em sua resposta a Cury, apesar de propalar uma suposta transparência nas atitudes do órgão ao qual estava integrado, Mendes Nogueira declarava inexistir uma conclusão para o incidente e, mais a frente, reportava a constatação de anomalias magnéticas como resposta para as detecções feitas pelos radares. E foi mais além nesta sua triste peça de desinformação: o militar faz menção ainda de que não houve detecção ou contato visual que pudesse justificar ou estar relacionado aos sinais verificados pelos radares. “No caso em questão, todo o aparato militar de defesa do espaço aéreo foi mobilizado sem que, efetivamente, fosse feito qualquer contato visual que justificasse a presença daqueles plots”.
Parece que Mendes Nogueira não estava no país em maio de 1986, e muito menos teve aces so aos documentos oficiais sobre esta história, que agora a campanha UFOs: Liberdade de Informação Já acaba de conseguir. Foi a falha manifestação deste militar, em nome de uma suposta, porém desarticulada transparência, que acabou levando a jornalista Rejane Schulmann e este autor a procurarem o então ex-ministro da Aeronáutica, brigadeiro Moreira Lima. Afinal, Mendes Nogueira desmentia categoricamente o homem que havia iniciado o processo de informação do caso ao povo brasileiro. Como revelei no meu sexto livro UFOs: Arquivo Confidencial [Código LIV-019 da coleção Biblioteca UFO], apresentei ao ex-ministro, na oportunidade em que gravei uma entrevista exclusiva, a resposta de Mendes Nogueira ao ofício remetido por Cury. Se de início Moreira Lima se mostrou até constrangido com a situação – ver suas declarações anteriores desmentidas –, acabou por realmente confirmar tudo que havia divulgado ou foi oficialmente assumido como verdade pelo Ministério, na época em que esteve à frente dele. Não só afirmou que a hipótese das anomalias magnéticas foi descartada na época, como revelou a capacidade daqueles objetos de desenvolverem manobras e velocidades incomuns, destacando ainda que em determinado momento os UFOs, de perseguidos, passaram a acompanhar uma de nossas aeronaves.
Esquecimento que agora faz diferença - Entretanto, o mais impressionante nesta história toda talvez seja a mudança de postura de alguns de seus principais protagonistas, mensurável em declarações mais recentes. Ozires Silva, por exemplo, parece que se esqueceu de algumas de suas declarações anteriores, ao se pronunciar recentemente sobre estes fatos, e chegou a minimizar ao máximo o que tinha declarado antes, deixando em aberto a possibilidade de explicarmos aqueles acontecimentos de uma maneira convencional ou astronômica.
O próprio ex-ministro Moreira Lima, após ter estado conosco por duas vezes e reafirmado os fatos de maneira categórica, apesar de não ter voltado atrás no que diz respeito às suas declarações sobre 19 de maio de 1986, mais recentemente chegou a afirmar, durante uma entrevista para o programa Linha Direta, da Rede Globo, que a Força Aérea não mantinha arquivos secretos ou sigilosos sobre a presença ou existência dos UFOs no país. Ele mesmo, entretanto, em sua entrevista para este autor e a jornalista Rejane Schulmann – e temos isso gravado –, falou do cuidado que nossas autoridades tinham em não revelar informações ou darem notícias sobre fatos que poderiam levar a população ao pânico.
Baixe os arquivos secretos que foram liberados pelo Governo Brasileiro e leia mais: http://www.ufo.com.br/index.php?arquivo=notComp.php&id=4569
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